segunda-feira, 16 de março de 2009

A Osteopatia Visceral



É o ramo da osteopatia que se ocupa do tratamento dos órgãos e vísceras melhorando a função deles. A osteopatia visceral, refere-se ao uso de manobras passivas articulares e alongamento miofascial para o tratamento de disfunções no fígado, intestino, estômago, próstata entre outras vísceras. Todos estes órgãos estão fisicamente ligados e relacionados com a coluna e qualquer problema que possa acontecer a nível visceral poderá se manifestar e influenciar o funcionamento da coluna principalmente na região dorsal. Quando um indivíduo se encontra perante situações quer de stress físico quer emocional, a dor, poderá ressentir-se nos órgãos, que por sua vez influenciará a coluna ou problemas na coluna poderão influenciar o mau funcionamento dos órgãos.
A indicação das manipulações sobre o sistema digestivo é principalmente libertar aderências que podem dificultar a irrigação sanguínea do mesmo, sequelas de cirurgias, sequelas de infecções etc. Sobre a caixa torácica trabalha-se principalmente a mecânica respiratória, e as relações que estas tem com a coluna dorsal e cervical.
Podemos assim afirmar que o sistema visceral depende da sincronização entre movimentos de todos os órgão e outras estruturas corporais. O objectivo da manipulação visceral é assistir as forças normais do corpo para tirar os efeitos anormais, seja qual for a sua origem.
Dr. Still dizia: “ o funcionamento do homem é uno e indivisível; qualquer, que seja a alteração de um órgão, repercutirá necessariamente em todo o organismo”


Indicações da osteopatia visceral:

-Gastrites, úlceras em fase pouco avançada, hérnias do hiato;
-Hepatites: viral ou alcoólica;
-Doença de crohn;
-Consequências cirúrgicas, sequelas de infecções, dismenorreia e amenorreias secundarias, síndrome pré menstrual;
-Asma e bronquite;
-Hipertensão arterial;

Contra indicações da osteopatia visceral:

-Cancros do estômago e do colo do útero;
-Apendicites;
-Oclusão intestinal;
-Pólipos;
-Diverticulos;
-Estenose do piloro e do esófago;
-Cancros ginecológicos infecções ginecológicas e micoses;
-Cancro nos rins;

O sistema músculo-esquelético





O sistema músculo-esquelético, como o próprio nome indica, é composto na sua maioria pelos músculos e pelo esqueleto ósseo. Existem neste sistema unidades funcionais denominadas articulações, que são constituídas maioritariamente por ligamentos, que conferem alguma estabilidade á articulação. Outro constituinte deste sistema, que tem sido alvo de muito estudo e que se revela importante na nossa actividade, enquanto osteopatas, é a fascia. É um conjunto membranoso composto por colagenio, elastina e liquido intersticial, que faz com que tudo no nosso organismo esteja ligado e com que a menor tensão, seja ela activa ou passiva se repercuta em todo o nosso organismo. Posteriormente lançaremos mais textos sobre a fascia, para explicar toda a sua anatomo-fisiologia.
Podemos desde já distinguir dois esqueletos:
· Um esqueleto ósseo – elemento passivo da locomoção que comporta, além dos ossos, as articulações.
· Um esqueleto fibroso – elemento activo da locomoção que engloba os músculos
É importante reter que o esqueleto fibroso é contínuo, visto estar organizado em cadeias musculares funcionais e estas por sua vez estarem ligadas entre si através da fascia, isto significa que não existem cadeias separadas, existem sim uma continuidade em todo o sistema, o que leva a que no menor gesto realizado pelo nosso corpo participe todo o sistema.
Podemos então concluir que se não existe uma contracção isolada, também não existe uma lesão isolada. Este raciocínio de globalidade é crucial na área da osteopatia.
Posteriormente publicaremos mais textos em relação a este sistema visto ser este um sistema de grande importância na área da osteopatia e ao contrário do que posso parecer um sistema de um grau de complexidade elevado.
Deixamos aqui uma lista das patologias deste sistema que podem ser solucionadas pela osteopatia:
· Muscular:
o Contraturas
o Dores musculares
o Debilidade Muscular
o Mialgias
o Micro roturas
o Fibroses


· Osteo-articular:
o Entorses
o Ciaticas
o Falsas Ciaticas
o Cervico-braquialgias
o Dorsalgias
o Subluxações
o Luxações (dependendo da gravidade da mesma)
o Bursites
o Artrite
o Artrose (dependendo da gravidade da mesma)
o Tendinites
o Algumas vertigens
o Precordialgias
o Dores articulares
o Hérnias discais
o Escolioses
o Disfunções somáticas
o Enfermidade de Schuerman em fase não aguda
o Dorsartroses
o Dor costal
o Neuralgia intercostal
o Síndrome de Tietze
o Afecções viscerais e Pseudo viscerais
o Entre outras patologias

quinta-feira, 5 de março de 2009

Mas afinal o que é, e o que trata a osteopatia???



A osteopatia é uma ciência terapêutica, que usa técnicas manuais para diagnosticar e tratar uma grande variedade de problemas de saúde.
Ela actua através do tratamento manual e natural, uma vez que o corpo possui uma capacidade de cura e reequilíbrio. A função do osteopata é tratar, através das mãos, as disfunções somáticas e estruturais do corpo humano.
Todas as partes do corpo funcionam juntas de uma forma integrada. Se uma das partes está limitada, as restantes deverão sofrer adaptações e compensações, eventualmente levando à inflamação, à dor, à rigidez e a outros problemas de saúde.
A terapia osteopática um meio para reencontrar uma postura adequada e movimentos sem dor. Ajustando o equilíbrio interno e eliminado tensões. Visa uma harmonia holística do corpo, proporcionando um bem-estar global.
Assim a osteopatia é utilizada para diagnosticar, tratar e prevenir uma doença, permitindo ao corpo que se cure a si mesmo.

Os campos de acção da osteopatia são: membros superiores e inferiores, coluna vértebras, articulações, músculos, ligamentos, fascias, sistema visceral, Sacrocraniana e certos desequilíbrios funcionais.
Podemos dividir a osteopatia em três principais grupos:
- Músculo-esquelético
- Terapia sacrocraniana
- Terapia visceral
Mais tarde iremos falar, de cada um destes grupos em particular.

Historia da Osteopatia


A osteopatia é uma medicina que nasceu nos Estados Unidos. O fundador foi Still.
Não se sabe ao certo a origem das manipulações. Supõem-se que foi iniciada pelos homens mais primitivos. Hipócrates escreveu alguns pareceres sobre as manobras que parecem como manipulações, nos anos 60-80a.c. Nos seus comentários sobre os manuscritos, Hipócrates protagoniza nos seus esboços as combinações de tracções e composições para o tratamento dos processos vertebrais.
Ambroise Parè (1550-1590), cirurgião do renascimento, descreveu um capítulo de luxação vertebral e protagoniza os métodos descritos por Hipócrates. Em Espanha, Luís de Mercado, catedrático na faculdade de Medicina de Valladolid, em 1572, foi o primeiro universitário que utilizou o ensino das manipulações. Utilizou manobras hipocráticas de redução por pressões directa sob tracção vertebral. Durante o renascimento viu-se aparecer por toda a Europa numerosos curandeiros chamados de “endireitas”. Ao longo da nossa história, os endireitas mantiveram um papel importante nas práticas manuais, os seus conhecimentos eram deixados de pais para filhos. Mas contudo, com a existência de novas lei tornou-se ilegal a pratica desta actividade.